TEMA 05 – “As Duas Bestas de Apocalipse 13 – Parte 1”
Olá Amigos,
O Diabo, em
harmonia com ímpios homens, estuda os elementos das coisas naturais, mexe com
eles, modifica sua ordem natural. E à medida que nos aproximamos do fim de
todas as coisas, a Terra é visitada cada vez mais frequentemente com juízos retributivos
e consequentes – calamidades as mais estranhas, terremotos, maremotos, ciclones
e tufões, inundações, incêndios incontroláveis e outros flagelos que espalham a
morte, a peste, a fome, a tristeza e angústia; sem falar da violência, atitudes
bárbaras e desumanas por todo o planeta.
Ainda que Deus
permita ocorrer tais calamidades aos filhos dos homens, Ele o faz como um juízo
misturado com misericórdia afim de que os homens deixem o pecado e se voltem a
Ele.
Ao falar das
obras do maligno que acometem a sorte dos filhos desta terra, Jesus disse; “Um
inimigo fez isto”. Sim, Satanás é o inimigo de Deus e de Seus filhos neste
mundo. Ele, ele mesmo é o nosso grande inimigo. Deus quer que saibamos isso e
tomemos partido. O Diabo nos odeia e tenta continuamente destruir a imagem de
Deus que foi impressa na criação em nossos primeiros pais Adão e Eva.
Porém o ódio
voraz de Satanás está voltado de forma especial para “os que guardam os
mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus” Ap 12:17. A esses ele
perseguirá sem descanso.
Para isso, há
muitos séculos, o Diabo e seus anjos têm preparado uma instrumentalidade
humana, organizada num grande sistema falso-religioso de poder não só
eclesiástico como político-civil, representado por uma fera, um animal nas
profecias bíblicas. É a Besta de Apocalipse 13.
Esboço do Último Conflito entre o Bem e o Mal
Perceba que a imposição deste sinal infere uma
autoridade civil-eclesiástica que foi dada ao Estado e à Igreja. Por isso toda
a população é levada a aceitar ou rejeitar e consequentemente sofrer as
consequências de sua decisão. O contexto do capítulo 13 e mesmo do livro
inteiro do apocalipse nos revela que esse poder por trás da Besta (governo e
igreja) é um poder sobrenatural que vem do dragão (Satanás).
“Vi outro
grande e admirável sinal no céu: sete anjos que tinham as sete últimas pragas,
porque nelas é consumada a ira de Deus”. Ap 15:1.
“E ouvi, vinda
do templo, uma grande voz, que dizia aos sete anjos: Ide e derramai sobre a
terra as sete taças da ira de Deus. E foi o primeiro e derramou a sua taça
sobre a terra, e fez-se uma chaga má e maligna nos homens que tinham o sinal da
Besta e que adoravam a sua imagem” Ap16: 1 e 2.
Os que
receberem este sinal serão castigados por Deus com as Sete Pragas no último
drama do conflito. Aproxima-se o dia em que toda alma terá diante de si uma
escolha a fazer: Servir a Deus ou à Besta
(que indiretamente representa o senhorio de Satanás). Estas profecias do
Apocalipse têm o seu cumprimento final com o retorno de Cristo a este mundo
para reivindicar Sua igreja fiel e remanescente.
Tais profecias
apocalípticas que focalizam o conflito final envolvendo o povo de Deus têm seu
tipo ou prefiguração no Velho Testamento. Pode-se notar isto no livro de Ester
quando se promulgou um decreto de morte a todos os judeus. Também em Daniel 3,
quando os 3 hebreus foram provados na fornalha de fogo. Tiveram seu livramento
com a presença pessoal [“a parousia”] de Jesus “o filho do Deus Altíssimo”.
Assim será para os restantes fiéis “israelitas” da igreja cristã. No momento da
fornalha ardente da provação, por escolherem a obediência aos santos
mandamentos de Deus e estiverem prontos a morrer sob o ódio voraz da Besta, do
que a transigir aos princípios divinos; Cristo, sim o próprio Filho de Deus, o
grande comandante militar Miguel (veja Daniel 12;1,2), virá nas nuvens do céu,
em glória e majestade para livrar Seu povo.
Chifres
– Representa poder governante (Dn 7:24). O fato de possuírem coroa denota
sistema de governo monárquico. Isto ocorreu com o esfacelamento do império
romano ocidental em 476 d.C., com a invasão dos reinos bárbaros do norte da
Europa.
Leopardo, Urso e Leão - Identificamos aqui um empréstimo de símbolos do livro de Daniel. Esta Besta possui como característica um pouco de cada animal descrito em Daniel 7:3 a 6, os quais oprimiram, no passado, o povo de Deus. Roma (a Besta inicial de Ap 13) sucedeu a Grécia – que é o Leopardo; a qual sucedeu o império Medo-Persa (o Urso); o qual por sua vez sucedeu o império de Babilônia (o Leão), exatamente na seqüência ou ordem da história.
Interessante é observar que as
características da Besta remete aos animais que representaram impérios na visão
de Daniel 7 na ordem inversa da cronologia destes impérios. Pode-se inferir que
a Besta é Roma que está empoderada pelo Dragão (diabo) da mesma forma que
estiveram os impérios anteriores (Greco-macedônico; Medo-persa e Babilônico).
O dragão
deu-lhe o seu poder – O poder assustador conquistado pelo papado
através dos séculos é inexplicável. Constantino removeu a sede de seu império
de Roma para Constantinopla (hoje Istambul na Turquia, cerca de
O caráter da Besta é o mesmo descrito para a ponta pequena em Daniel 7: 8, 20 a 25 e Daniel 8: 9 a 12 e 24,25. Fala arrogantemente contra Deus, quer tomar o Seu lugar, persegue os fiéis (“os hereges”), muda as leis de Deus e Sua doutrina; fala enganosamente e pisa a verdade.
O período
de Supremacia (42 meses) é o mesmo descrito em Daniel 7:25 e outras passagens
do Apocalipse: 1260 dias proféticos ou anos literais (quase toda a idade
média).
O
vaticínio profético está sendo confirmado pela história. Fatos importantes
marcaram com impressionante precisão a palavra profética. Vejamos:
1798 –
Aprisionamento do papa Pio VI no dia 11/02 pelo general de Napoleão, Alexander
Berthier. Este foi o golpe mortal (verso 3) que pôs fim ao período de 1260 anos
de supremacia papal, a sétima cabeça. Aquele personagem que representou o poder
que levou ao cativeiro e a espada muitos que se lhe opuseram, agora também vai
ao cativeiro.
1870 – O
papado perde o domínio temporal com a perda de autonomia do Vaticano.
1929 –
Benito Mussolini devolve o território ou estado do Vaticano ao domínio papal –
Recuperação esta da ferida mortal (versos 3) infringida em 1798 e profetizada
em Apocalipse 13:3. Alguns jornais e periódicos da época assim expressaram este
acontecimento em manchetes: “Curada a ferida de muitos anos” – San
Francisco Chronicle, 12/02/1929. “Curada uma ferida de 59 anos”, assim
se expressava o periódico The Catholic Advocate, Austrália em 18/04/1929.
Note o
leitor que – possivelmente - sem se aperceberem, os jornais usaram as
expressões da profecia bíblica: “a ferida foi curada”.
Se mar
significa “povos, e multidões, e nações, e línguas”; terra deve representar
local pouco povoado.
A
primeira Besta foi ferida de morte em 1798 (após os 1260 anos). Nessa época é
que o profeta vê surgir a segunda. Em 1776 os Estados Unidos da América
proclamavam sua independência e em 1789 adotavam sua constituição nacional
tornando-se:
ü
A nação preeminente no hemisfério ocidental,
onde não havia “povos, e multidões, e nações, e línguas”. Isto é, um poder que
“subia da terra”;
ü
Uma das mais ricas e poderosas nações do mundo;
ü
Uma das maiores nações em extensão territorial;
ü
Um dos maiores poderes militares do mundo;
ü
Um poder comercial e econômico mundial.
A
característica do dragão é a imposição religiosa, a intolerância e a
perseguição. A profecia diz que este cordeiro falará como um dragão.
Cumprindo
os reclamos proféticos os EUA abrirão – através de emendas em sua constituição
– caminho para união entre igreja e estado (posição já defendida por muitos dos
seus estadistas). Assim que o fizer estará formada a imagem da Besta, e a
intolerância religiosa se repetirá no mundo. Esta Besta tomará proporções
mundiais quando todas as outras nações seguirem o exemplo da América.
Há muito
poucos anos atrás (década de 80) os EUA (nação tradicionalmente protestante e
refúgio dos peregrinos e tantos outros pioneiros que escaparam da furiosa
perseguição papal) lançaram uma ponte sobre o abismo que lhes separava de Roma
estabelecendo embaixada diplomática no Vaticano. O CMI- Conselho Mundial das
Igrejas, órgão originariamente protestante, agrega agora a Igreja Católica.
É assim
que gradativamente se cumpre Ap 13: 12 e 13 e o protestantismo apóstata dos EUA
presta sua simpatia ao papado.Porém, a maior honra que o protestantismo
americano tem prestado a Roma- sem sombra de dúvida – é a santificação do
primeiro dia da semana – o Domingo – como um instituição papal, em substituição
ao verdadeiro Sábado bíblico, o Sábado do Sétimo dia da semana.
Uma
grande maioria do protestantismo e catolicismo moderno está hoje mergulhando
fundo no pentecostismo (ou pentecostalismo) e carismatismo. Curas, línguas
estranhas, milagres e fenômenos sobrenaturais já se atestam entre tais cristãos
como algo normal e cotidiano em suas reuniões religiosas.
Quando
ocorrer a completa tríplice aliança que agrega o catolicismo, o protestantismo
e o espiritismo, consumando-se com a formação da imagem da Besta, pode-se saber
que estamos às vésperas do retorno de Cristo e da grande batalha do Armagedom
(Ap 16: 13 e 14). Nesta época será notório a operação de grandes milagres e
sinais sobrenaturais que levará o povo, com louvores a Deus, a receber com
alegria a chegada de uma nova era.
Satanás,
travestido de anjo de luz, isto é,
imitando a pessoa de Cristo quando esteve na Terra, enganará o mundo. “E não é de admirar, porque o próprio
Satanás se transforma em anjo de luz” 2Co 11:14.
Exercendo
hegemonia não só política, militar e econômica, a América incitará todas as
nações da terra a seguir seu exemplo no campo religioso, instigando todas as
nações do mundo a formar uma ‘imagem à Besta’.
Existem
hoje grandes organizações americanas de tendências direitistas na América, como
a Associação de Reforma Nacional; a Aliança de Cristo do Dia do
Senhor na América. Na verdade tais organizações já trabalham para tentar
conseguir uma emenda na Constituição americana que permita a inserção de leis
de cunho religioso, entre elas o dia de repouso no domingo.Porém o que mais nos
impressiona é que existe uma nova mentalidade americana – a Nova Direita
Cristã – que segundo Cliford Goldstein (em O Dia do Dragão, CPB, 2º
Edição 1998), trabalha de maneira sutil e inteligente para levar o país a uma
nova ordem social e religiosa, calcada sob uma filosofia de união entre igreja
e estado.
Note o
caro leitor – especialmente o verso 12 – que a segunda Besta forçará o mundo
todo a prestar adoração e obediência à primeira, isto é o papado. Segundo o que
já se estudou, o protestantismo prestará honra ao catolicismo e sua autoridade.
Como?
Note-se
que o contexto de Apocalipse 13 (e de forma geral todo o livro de Apocalipse)
gira em torno de 2 temas básicos: Adoração e Obediência. Portanto o assunto ali
é religião. O sinal da Besta é o sinal de sua autoridade religiosa sobre todo o
mundo. É a imposição que se faz de seus dogmas e preceitos religiosos
contrários à autoridade escriturística firmada por Deus e alheia ao direito de
livre consciência e liberdade de escolha das pessoas. Isto foi evidenciado
pelas mudanças efetuadas na Lei de Deus, o mais grave desafio e afronta a um
governo estabelecido – o governo divino. A prova disso é a pretensa
santificação do primeiro dia da semana – o domingo – como um dia de repouso em
oposição ao sábado bíblico requerido pela divindade.
Por meio
de sua instrumentalidade humana – o papado – o objetivo de Satanás é dominar as
consciências humanas para que o adorem.
O
Protestantismo honra o papado ao ensinar o povo a desobedecer ao 4º mandamento
da Lei de Deus e obedecer a um dia espúrio de descanso, imposto por autoridade
da tradição eclesiástica.
O
colocar-se este sinal na mão direita ou na testa (verso 16) dos homens,
representa a plena decisão e aceitação (testa) consciente desta ordem,
aliando-se a este poder e levando ou trabalhando (mão direita) para que outros
também aceitem tal imposição.Tal será a severidade deste decreto, e a pretensão de amplitude de vigência do
mesmo, que as autoridades procurarão destituir as pessoas - que não se lhes
sujeitar às exigências- dos meios de sobrevivência (...para que ninguém
possa comprar ou vender..”).
Identificando a Segunda Besta de Apocalipse 13
Um grande abraço,
Júlio Simões Filho
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